É BI, É BI, É BICAMPEÃO DA AMÉRICA!!!

O título de quem já sabia!!!

Direto do Blog do Marcelo Barreto.

Enquanto escrevo este texto, na cabine de transmissão do SporTV no Beira-Rio, uma enorme faixa está estendida no gramado. “Eu já sabia”, dizem as letras brancas. A frase perfeita para ilustrar o que foi o jogo em que o Internacional conquistou o bicampeonato da Libertadores. Passei dois dias aqui em Porto Alegre, e de fato o torcedor colorado já sabia: o Inter tem mais time do que o Chivas, já tinha jogado melhor na casa do adversário, podia até empatar e teria o apoio de mais de 53 mil vozes. Mas, assim como a faixa ficou enrolada enquanto a bola rolava, a certeza ficou guardada dentro das camisas vermelhas até o apito final. Ou, vá lá, até o golaço de Giuliano.




Porque outro golaço, do mexicano Fabián, a dois minutos do fim do primeiro tempo, se encarregou de lembrar o que todo colorado também sabia: o que se jogava no gramado do Beira-Rio era futebol, o esporte mais imprevisível e por isso mesmo mais fascinante do mundo. Durante todos aqueles 43 minutos, o domínio fora do Inter. O Chivas se comportava como um visitante de almanaque, encolhidinho em seu campo, esperando uma brecha que fosse para encaixar um contra-ataque. E ela veio. Bolívar não subiu direito e um lindo voleio fez com que o intervalo fosse todo dedicado à meditação: será que a bola pregaria uma de suas peças?

Bastaram menos de 20 minutos para a resposta chegar. Rafael Sóbis já sabia que seria substituído quando Kleber cruzou da esquerda e ele botou o pé entre as canelas dos mexicanos e a bola. Era um predestinado? Aí fica por conta da fé de cada um. Não daria para prever que Alecsandro, responsável por tantos gols importantes, teria de ceder seu lugar a Sóbis, nem que ele marcaria pela primeira vez em seis jogos sairia justamente hoje. O que dá todo o direito à diretoria do Inter de estender a faixa no gramado é o fato de Sóbis, com seu gol, e Tinga, que saiu de campo sangrando e aplaudido, terem mostrado que valeu a pena investir no retorno de jogadores que conhecem o clube e – talvez ainda mais importante – a Libertadores.



Assim como valeu a pena investir na base. Leandro Damião, que substituiu Sóbis, virou o jogo com um golaço, e Giuliano – que deveria ter sido titular desde o início – selou a conquista com o seu. Celso Roth poderia não saber que suas substituições surtiriam tanto efeito. Mas a diretoria que o contratou (e acertou nisso também) sempre soube que investir na base dá resultado. Dela saíram os jogadores que mudaram a história do segundo tempo. E ela, a base, garantiu a mescla que vem dando resultado há pelo menos cinco anos, entre jovens que conhecem o Inter desde que nascem para o futebol e reforços que garantem a experiência necessária para uma competição como a Libertadores.

Poderia ter sido tudo diferente? Claro. Eu não estaria escrevendo nada disso e a faixa vermelha não estaria estendida no gramado se Sóbis não tivesse esticado o pé, se Leandro Damião não tivesse arrancado, se Giuliano não tivesse dado sua cavadinha. Ao contrário do que diz um dos ditados mais famosos do futebol, o “se” joga, sim, o tempo todo. É ele, com as possibilidades que abre a cada jogada, a cada escalação, a cada substituição, um dos grandes responsáveis por tornar o futebol tão fascinante. Hoje, no Beira-Rio, o “se” foi derrotado por um trabalho que começou com uma ameaça de rebaixamento no Campeonato Brasileiro de 2002.

O futebol continuará imprevisível. Mas o Inter tem todo o direito de dizer que já sabia.


É isso ai, é muito bom ser Colorada!!!
Meus amigos, estou voltando, devagar devagarinho...
Bjinhos
JU